sexta-feira, 19 de setembro de 2014

O Evangelho é Esperança





Esperei confiantemente pelo SENHOR; Ele Se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro. Tirou-me de um poço de perdição, de um tremedal de lama; colocou-me os pés sobre uma Rocha e me firmou os passos. E me pôs nos lábios um novo cântico, um hino de louvor ao nosso Deus; muitos verão essas coisas, temerão e confiarão no SENHOR.” Salmos 40:1-3.

INTRODUÇÃO

O Evangelho é esperança! É nessa dimensão que vivemos, esse é o estilo de vida que precisamos desenvolver. Não vamos confundir isso com o “evangelho pragmático” de nossos dias. Trata-se de disciplinarmos nossa mente, coração, emoções, pensamentos e atitudes, ações e reações, honrando a soberania de Deus. 

Deus sempre nos fortalece, Ele jamais nos desampara! O cristão necessita aprender a confiar em Deus nas horas difíceis da vida. Temos uma fé teocêntrica = Deus no centro de tudo. Assim, quem considera e crê no poder de Deus precisa aprender a viver uma vida de esperança, pois Ele transmite paz e confiança ao Seu povo.

EXPLICAÇÃO

Esse é um Salmo de louvor (vs.1-10) e petição por livramento (vs.11-17). Davi louva a Deus por livramentos passados (vs.1-4) e se oferece em dedicação a Deus (vs.5-10). Depois Davi apresenta um novo problema ao Senhor: as suas iniquidades (vs.11-12), solicitando novamente o livramento de seus inimigos (vs.13-17). As palavras que expressam a dedicação de Davi (vs.6-8) transcendem a sua experiência e se aplicam ao Senhor Jesus, que veio para ser o Sacrifício perfeito e obediente, que pôs fim aos demais sacrifícios (Hb 10:5-7). (BEG). Portanto, o Salmo 40 é também um Salmo messiânico.

ARGUMENTAÇÃO

O Salmo 40 é uma referência bíblica acerca das horas de angústia. É um Salmo de Davi, o homem segundo o coração de Deus. Não sabemos com precisão as circunstâncias em que o Salmo foi escrito, mas sabemos que Davi conhecia bem a angústia, a dor, a depressão e o medo. Segundo a Bíblia de Genebra “talvez o salmista estivesse enfermo e ameaçado de morte, ou então (...) ele pode ter sentido a ameaça de morte em batalha”. Dentre tantas situações difíceis pelas quais Davi passou, sabemos que ele foi perseguido pelo rei Saul, que queria mata-lo por inveja (1 Samuel). Saul invejava a bênção de Deus na vida de Davi e colocou um exército inteiro a sua procura. Davi viveu momentos difíceis fugindo desse maníaco, tentando de todos os modos salva a sua vida. Davi passou a se esconder nos campos, matas, vales, montanhas, cavernas e antros da terra. Não é difícil imaginar os sofrimentos que esse homem de Deus aprendeu a enfrentar.
Ele foi um vencedor, mas também um homem sofrido e amargurado, que poderia ter entregado os pontos, duvidado do amor e do poder de Deus e se revoltado, como muitos fazem nas horas difíceis. No entanto, as suas palavras nos ensinam como suportar e vencer esses momentos. Graças a Deus, Davi aprendeu a esperar, e essa é a sua lição de vida.

1 – APRENDENDO A ESPERAR

Primeiramente precisamos aprender a esperar. Essa é uma das lições básicas da vida de fé, mas é também uma das mais difíceis de se aprender. É difícil esperar porque é próprio do ser humano desejar respostas rápidas para tudo que necessitamos. Queremos tudo a “toque de caixa”, rápido, imediato! Mas quando não depende de nós, e sim de Deus, precisamos aprender a esperar, pois Ele é Quem dita as regras. Interessante que nem sempre temos pressa quando tudo depende de nós. Por exemplo, é mais fácil protelar uma mudança de caráter do que ter pressa em se tratar e crescer. É mais fácil deixar de ir à Igreja do que levantar cedo para a EBD. E assim por diante, e fato que temos muito maior facilidade em exigir do que esperar. Aprendamos a esperar a resposta de Deus, o tempo de Deus, o agir de Deus. Do contrário seremos levados a tomar atitudes precipitadas e a nos DES-esperar. Como já foi dito, aprender a esperar é tão importante quanto difícil, mas os que são adestrados pelo Senhor aprender a esperar. 

2 – ESPERAR CONFIANTEMENTE

É necessário um controle das emoções, pensamentos e palavras através do fator FÉ. A fé gera esperança dentro de nós, nossas emoções começam a ser controladas, e nossa alma começa a sossegar nos braços daquEle que tudo pode. Um pouco mais adiante, no Salmo 42:5,11 (Salmo didático dos filhos de Corá) nossa alma também é exortada a esperar. Esperemos, pois ainda que não entendamos todas as situações, sabemos que o melhor de Deus ainda está por vir. Ele tem todo poder, nos ama, é misericordioso, e está do nosso lado, pronto a nos socorrer.

Davi aprendeu que quem espera em Deus não espera de qualquer jeito; é necessário esperar confiantemente. Isso é sinal de que cremos nEle, não duvidamos de Seu poder, justiça e amor. Deus é santo, justo e bom! A Sua misericórdia dura para sempre, e de geração em geração a Sua equidade (Michaelis: 1 Justiça natural. 2 Disposição para reconhecer imparcialmente o direito de cada qual. 3 Igualdade, justiça, retidão). Esperar confiantemente quando tudo está bem é fácil, mas Davi esperou fugindo, sendo caçado, jurado de morte, e tudo isso injustamente. A Palavra de Deus manda que nos preparemos para o “dia mal” nos revestindo de TODA a armadura de Deus, lembrando que a nossa luta não é contra sangue e carne, mas contra forças espirituais do mal (Efésios 6). 

3 – ESPERAR CONFIANTEMENTE PELO SENHOR

Nossa confiança está no Deus soberano que pode todas as coisas, e em Seu Filho Unigênito, Jesus Cristo, que destruiu as obras do diabo triunfando na Cruz (Cl 2:15). Deus É fiel e não permitirá que sejamos provados além das nossas forças (1 Co 1:9; 10:13), Ele nos guarda, protege, e sempre vem em nosso socorro. Jamais falha em Suas promessas, Sua justiça e santidade são plenas, nEle podemos confiar, nEle DEVEMOS confiar. Ainda que passemos pelo vale sombrio e tenebroso (Sl 23:4), ainda que sejamos atribulados, perseguidos, caluniados, zombados, desprezados (Mt 5:10-12), torturados e mortos (Dn 3:16-18; Ap 2:10), ainda assim cremos que o Senhor não nos desampara, e que o Seu vai além das circunstâncias. É um erro gravíssimo pensar que Deus cuida somente nas horas boas. A diabólica teologia da prosperidade tem levado milhões de pessoas a pensarem que Deus não permitirá o mal, a dor, e as lágrimas. Mas os que conhecem, creem e amam as Escrituras, sabem que não é assim. Deus pode SIM permitir-nos sofrer e sermos provados; ainda assim Ele É e sempre será o Eterno Deus de amor, bondade, justiça e misericórdia! Os motivos pelos quais Ele o fará, se assim quiser, pertencem somente a Ele, mas já aprendemos aqui que é nos ensinar O VALOR DA ESPERANÇA, e só conhece a esperança aqueles que sabem esperar. Não nos cabe questionar, e os que duvidam e julgam as ações de Deus, certamente estão equivocados em seu entendimento. “Errais não conhecendo as Escrituras” disse Jesus (Mt 22:29). Esperamos no Senhor porque cremos que Ele pode nos livrar de todo mal, e ainda que isso leve um tempo Ele certamente o fará, do Seu modo e no Seu tempo.

Na sequência do texto sagrado...

1 – DEUS SE INCLINA PARA NÓS
É maravilhoso saber que o Senhor não nos ignora, mas olha para nós. Muitas vezes somos tentados a pensar que o Senhor não olha para nós, especialmente quando passamos pelo vale, mas Ele se inclina em Seu trono e olha para nós.
2 – DEUS OUVE QUANDO CLAMAMOS POR SOCORRO
O Senhor nos ouve quando clamamos, e jamais deixa de nos responder. Nós é que muitas vezes não gostamos do modo como Ele nos responde.
3 – DEUS NOS TIRA DO POÇO DE PERDIÇÃO
O Senhor jamais nos abandona em situações de desespero, sem saída, pelo contrário, Ele É a saída. Jamais poderemos dizer que o Senhor não nos ajudou.
4 – DEUS COLOCAR NOSSOS PÉS SOBRE A ROCHA – CRISTO
O Senhor firma nossos pés em Cristo, Ele É a Rocha (1 Pedro 2:4-6).
5 – DEUS FIRMA NOSSOS PASSOS
O Senhor quer que sejamos firmes, e Ele mesmo nos capacita firmando-nos.

CONCLUSÃO

Em nossos momentos de angústia, busquemos o refúgio que vem de Deus. Nada se compara a Ele! Passar por lutas todos passaremos, a diferença é COMO passaremos. Os resultados serão visíveis. Enfrentemos com confiança, esperemos confiantemente no Senhor. Que Deus te abençoe!

"Espera pelo SENHOR, tem bom ânimo, e fortifique-se o teu coração; espera, pois, pelo SENHOR." Salmos 27:14. 

Por: Rev. Paulo Sergio da Silva
IPB IV Centenário, São Paulo / SP
Culto de Louvor 14/09/14.

Material de apoio: 
BEG – Bíblia de Estudo de Genebra.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

COMO EVANGELIZAR SEUS COLEGAS NO TRABALHO...

         

E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a TODA CRIATURA.” Marcos 16:15.

Conforme cresce a oposição cultural ao cristianismo, qual é o efeito disso no evangelismo que você faz no trabalho? Você está mais fiel ou mais temeroso?
Você dificilmente poderia ser culpado por estar mais temeroso. O rápido avanço do liberalismo social e das políticas de recursos humanos, promovendo “tolerância” no local de trabalho, apenas exacerbam os dois medos que comumente citamos para o não compartilhamento do Evangelho com nossos colegas de trabalho: medo de má reputação, e medo de repercussões na carreira, como perda de emprego ou estagnação da carreira.
O evangelismo sempre foi difícil. Se existe qualquer coisa nova a respeito dos nossos desafios de hoje é quão fortalecida a oposição parece estar. Não cristãos costumavam dizer “cada um na sua”. Agora eles estão mais propensos a nos acusar de estupidez (“Sério, você não acredita na evolução?”), ou de fanatismo intolerante (“Como você ousa dizer que homossexualismo é um pecado?”).
Empregadores cada vez mais pesquisam nas mídias sociais sobre a vida dos candidatos ou empregados antes de tomarem decisões de contratação ou promoção. Há quanto tempo empresas que temem assédio moral e discriminação no ambiente de trabalho trocam o cristão mais visível por alguém menos notável?
Apesar de tudo isso, eu sou muito grato pelos irmãos que temeram mais a Deus do que ao homem e compartilharam o Evangelho comigo. Minha própria fé é fruto do evangelismo no local de trabalho.


Perdido e achado no local de trabalho

Doze anos trás, eu era um pesquisador em uma firma de consultoria de médio porte em Washington, DC. Eu era um hindu autoconfiante, autossuficiente e profissionalmente próspero. Você não diria que eu era espiritualmente inseguro. Francamente, eu não sabia que eu era espiritualmente inseguro. Eu realmente não era um cara que estava me esforçando para buscar Cristo.
Entra meu colega cristão, Hunter. Bem conhecido e querido no escritório, Hunter era um vendedor de alto desempenho com uma gama de interesses. Alguém me disse: “Ele é cristão, sabia?” Nenhum de nós sabia por certo o que isso significava, mas ambos acreditávamos que isso era relevante o suficiente para acrescentarmos um tendencioso “Hum...”.
Eu sabia que Hunter não se encaixava no molde de um cristão que eu tinha construído mentalmente. Cristãos eram “legaizinhos”, antiquados, hipócritas, monótonos. Hunter não era assim. Então comecei a observá-lo.
Nós nos tornamos amigos. Nós passávamos tempo juntos e conversávamos sobre diversos tópicos: Os Simpsons, O Senhor dos Anéis, Cristo, Krishna, café, trabalho. Enquanto o Senhor usava o Hunter para me buscar, eu nunca me senti como um projeto, mas sim um amigo. Como só Deus é capaz de fazer, Ele providenciou que Hunter estivesse comigo no mesmo momento em que Ele orquestrava uma crise espiritual na minha vida. E Ele deu a Hunter a sabedoria e a ousadia para falar a Verdade à minha vida quando eu mais precisava.


Comportamentos de um evangelista no local de trabalho

Embora ele mesmo fosse jovem na fé na época, há muito no exemplo de Hunter que qualquer crente pode aplicar no contexto do ambiente de trabalho.


1. Lance Cristo sobre a mesa


Visto que pode ser raro conhecer cristãos no local de trabalho, é essencial que as pessoas no seu escritório saibam que você é um seguidor de Cristo. Assim, você pode se disponibilizar para crentes mais fracos e ser um exemplo para incrédulos. Foi um colega não cristão que me disse sobre a fé de Hunter. Obviamente nós não devemos fazer isso de forma ofensiva ou irresponsável, mas falar sobre o fim de semana, descrever um estudo bíblico do qual participa, ou compartilhar como você ora pelos outros fará com que as pessoas logo saibam que você é cristão.


2. Trabalhe com excelência


Quando você lança Cristo sobre a mesa, espere ser estudado pelos seus colegas assim como eu estudei o Hunter. Trabalhe de uma maneira que reflita a criatividade, o propósito e a bondade de Deus. Demonstre fidelidade e integridade. Trabalhe “sem murmurações nem contendas” (Fp 2:14). Submeta-se àqueles em autoridade e sirva humildemente. Isso, em si mesmo, não é evangelismo, mas o conteúdo das nossas vidas no trabalho deve reforçar, não enfraquecer, o conteúdo da mensagem do Evangelho que compartilhamos.


3. Ame os seus colegas


Invista em amizades com não cristãos no seu local de trabalho, não de forma superficial como “projetos”, mas amando-os como tendo sido feitos à imagem de Deus. Não subestime a importância da confiança. Considere que foi um ano e meio depois de Hunter e eu termos nos conhecido que nós estudamos a Bíblia juntos e Deus me deu ouvidos para o Evangelho. Use o seu horário de almoço estrategicamente. Quando possível, faça uso generoso da hospitalidade, onde você possa compartilhar a sua vida com um colega longe do escritório e das brincadeiras e conversinhas de escritório.


4. Prepare-se para evangelizar


Por mais bobo que isso possa parecer, certifique-se de que você sabe facilmente explicar o Evangelho. Pratique se for preciso. Quando o Senhor fornece uma oportunidade, você não quer a sua voz interna gritando com você por não ser claro - você quer a sua mente livre para ouvir o seu colega e o que ele está lutando para entender. Afinal, é o Evangelho que salva, não a nossa perspicácia e profundo conhecimento de apologética. Eu louvo a Deus pela clareza, ousadia e confiança no poder do Evangelho que Hunter possuía.


5. Ore


Ore pelos seus colegas regularmente. Ore por boas oportunidades de compartilhar o Evangelho. Ore para que você cresça em ousadia. Ore para que Deus seja grande e o homem seja pequeno - todos nós somos culpados de misturar os dois. E convide irmãos e irmãs da sua Igreja para orar também. Hunter mais tarde me disse que seu grupo de estudo bíblico de homens estava orando por mim desde o momento em que eu perguntei a ele a respeito da fé cristã que ele tinha.


Um chamado à fidelidade


Conforme os locais de trabalho ficam cada vez mais hostis para o cristianismo, essas práticas básicas se tornam cada vez mais essenciais. O Senhor tem sido bom em responder minhas muitas orações por boas oportunidades e por palavras para falar. Ser conhecido como cristão, viver a minha fé profissionalmente e de forma interpessoal, e amar os meus colegas como portadores da imagem de Deus me deram oportunidades de falar abertamente sobre a minha fé. E, em sua maravilhosa graça, Deus escolheu me usar para trazer um colega à fé.


Nós devemos esperar que o Senhor responda as nossas orações e nos conceda oportunidades de falar de Cristo, então ore por ousadia. E esteja disposto a gastar seu “capital relacional”. Deus colocou você onde está por um propósito.


Por: Ashok Nachnani
Editora Fiel.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

sexta-feira, 13 de junho de 2014


Avivamento700x300

Existem apenas algumas coisas que permanecem semanalmente na minha lista de oração. Uma delas é o avivamento ou reavivamento. Eu acredito que Deus tenha se movido no passado para inflamar grandes avivamentos. Eu acredito que ele pode fazê-lo novamente. E eu acredito que seria bom que os cristãos pregassem e orassem por um avivamento cristocêntrico em nossos dias, que ame o Evangelho, glorifique a Deus e seja dado pelo Espírito.
Claro, isso levanta a questão: o que é verdadeiro avivamento? Vou chegar a uma definição em um momento e falarei mais sobre o modelo bíblico de renovação e reforma no próximo texto, mas permita-me começar mostrando algumas noções falsas sobre avivamento.
Primeiro, avivamento não é reavivalismo. Obviamente, quando você adiciona o “ismo” isso soa assustador, mas eu acho que há uma distinção importante a defender. Entendo por reavivalismo um evento programado, produzido e determinado por homens. No início do século XIX, uma mudança profunda aconteceu. Considerando que antes avivamentos eram vistos como obras da soberania de Deus pelo que alguém orava e jejuava mas não conseguia planejar, a partir de 1800 os avivamentos tornaram-se produções programadas. Você poderia montar uma barraca e anunciar um avivamento na próxima quinta-feira. Se você colocar uma música nova aqui, um coral lá, um certo estilo de pregação, um banco para os pecadores arrependidos, você pode ter certeza de uma resposta. Isso é um avivamento feito por homens, não verdadeiro avivamento.
Segundo, avivamento não é individualismo. Com isso quero dizer que um avivamento é um evento corporativo. É uma coisa maravilhosa quando Deus muda um só coração, especialmente no meio de muitos ossos secos, mas não é disso que estamos falando. Quando Deus envia um avivamento, ele varre uma igreja inteira, várias igrejas ou comunidades, e toca uma diversidade de pessoas (por exemplo, jovens, velhos, ricos, pobres, educados, incultos). Não é apenas uma transformação individual, de tão maravilhoso que é.
Terceiro, avivamento não é emocionalismo. De fato, verdadeiro avivamento pode produzir grande emoção. Mas a emoção em si não indica uma verdadeira obra do Espírito. Você pode levantar as mãos, ou ficar duro, chorar histericamente, ou ter uma grande calma, cair no chão, saltar para cima e para baixo, gritar Amém, fazer orações altas ou suaves, se sentir muito espiritual ou se sentir muito insignificante. Estes são o que Jonathan Edwards chama de “não-sinais”. Eles não dizem nada de um jeito ou de outro. Se você levanta as mãos ao cantar uma canção de louvor, isso pode significar que você está encantado com o amor de Deus, ou pode significar que você tem uma personalidade expressiva e a música proporciona uma liberação de energia. Se você canta um hino com solenidade e gravidade, pode ser que você está cantando com profundo temor e reverência, ou pode significar que a sua religião é mero formalismo e você está realmente entediado. Verdadeiro avivamento é marcado por mais do que a presença ou ausência de emoção tremenda.
Quarto, avivamento não é idealismo. Avivamento não significa que o céu chega na terra. Ele não inaugura uma utopia espiritual. Não resolve todos os problemas da igreja. Na verdade, o avivamento, com todas as suas bênçãos, geralmente traz novos problemas. Muitas vezes existe controvérsia. Pode haver orgulho e inveja. Pode haver suspeita. E além dessas obras da carne, Satanás muitas vezes desperta falsos avivamentos. Ele semeia sementes de confusão e engano. Assim, tanto quanto nós devemos ansiar por avivamento, não devemos esperar que ele seja a cura para todos os problemas da vida, e muito menos um substituto para décadas de tranquilidade, obediência fiel e crescimento.
Então, o que é verdadeiro avivamento? Aqui está a minha definição: O verdadeiro avivamento é uma soberana, repentina e extraordinária obra de Deus pela qual ele salva pecadores e traz vida nova para o seu povo.
O verdadeiro avivamento é uma soberana (dependente do tempo de Deus, realizado por Deus , concedido conforme a vontade de Deus)
repentina (conversões, crescimento e mudanças acontecem de forma relativamente rápida)
extraordinária (incomum, surpreendente)
obra de Deus (não nossa)
pela qual ele salva pecadores (regeneração levando a fé e arrependimento)
e traz vida nova para o seu povo (com afeições, comprometimento e obediência renovados).
Um dos melhores exemplos do verdadeiro avivamento na Bíblia é a história de Josias, em 2 Reis 22-23. A história não é um projeto para ser imitado em todos os aspectos, especialmente porque Josias é rei sobre uma teocracia. Mas a história é instrutiva, na medida em que nos dá uma imagem de uma soberana, rápida e extraordinária obra de Deus.

Uma surpreendente obra de Deus (1/2) – Kevin DeYoung


Avivamento700x300


Existem apenas algumas coisas que permanecem semanalmente na minha lista de oração. Uma delas é o avivamento ou reavivamento. Eu acredito que Deus tenha se movido no passado para inflamar grandes avivamentos. Eu acredito que ele pode fazê-lo novamente. E eu acredito que seria bom que os cristãos pregassem e orassem por um avivamento cristocêntrico em nossos dias, que ame o Evangelho, glorifique a Deus e seja dado pelo Espírito.
Claro, isso levanta a questão: o que é verdadeiro avivamento? Vou chegar a uma definição em um momento e falarei mais sobre o modelo bíblico de renovação e reforma no próximo texto, mas permita-me começar mostrando algumas noções falsas sobre avivamento.
Primeiro, avivamento não é reavivalismo. Obviamente, quando você adiciona o “ismo” isso soa assustador, mas eu acho que há uma distinção importante a defender. Entendo por reavivalismo um evento programado, produzido e determinado por homens. No início do século XIX, uma mudança profunda aconteceu. Considerando que antes avivamentos eram vistos como obras da soberania de Deus pelo que alguém orava e jejuava mas não conseguia planejar, a partir de 1800 os avivamentos tornaram-se produções programadas. Você poderia montar uma barraca e anunciar um avivamento na próxima quinta-feira. Se você colocar uma música nova aqui, um coral lá, um certo estilo de pregação, um banco para os pecadores arrependidos, você pode ter certeza de uma resposta. Isso é um avivamento feito por homens, não verdadeiro avivamento.
Segundo, avivamento não é individualismo. Com isso quero dizer que um avivamento é um evento corporativo. É uma coisa maravilhosa quando Deus muda um só coração, especialmente no meio de muitos ossos secos, mas não é disso que estamos falando. Quando Deus envia um avivamento, ele varre uma igreja inteira, várias igrejas ou comunidades, e toca uma diversidade de pessoas (por exemplo, jovens, velhos, ricos, pobres, educados, incultos). Não é apenas uma transformação individual, de tão maravilhoso que é.
Terceiro, avivamento não é emocionalismo. De fato, verdadeiro avivamento pode produzir grande emoção. Mas a emoção em si não indica uma verdadeira obra do Espírito. Você pode levantar as mãos, ou ficar duro, chorar histericamente, ou ter uma grande calma, cair no chão, saltar para cima e para baixo, gritar Amém, fazer orações altas ou suaves, se sentir muito espiritual ou se sentir muito insignificante. Estes são o que Jonathan Edwards chama de “não-sinais”. Eles não dizem nada de um jeito ou de outro. Se você levanta as mãos ao cantar uma canção de louvor, isso pode significar que você está encantado com o amor de Deus, ou pode significar que você tem uma personalidade expressiva e a música proporciona uma liberação de energia. Se você canta um hino com solenidade e gravidade, pode ser que você está cantando com profundo temor e reverência, ou pode significar que a sua religião é mero formalismo e você está realmente entediado. Verdadeiro avivamento é marcado por mais do que a presença ou ausência de emoção tremenda.
Quarto, avivamento não é idealismo. Avivamento não significa que o céu chega na terra. Ele não inaugura uma utopia espiritual. Não resolve todos os problemas da igreja. Na verdade, o avivamento, com todas as suas bênçãos, geralmente traz novos problemas. Muitas vezes existe controvérsia. Pode haver orgulho e inveja. Pode haver suspeita. E além dessas obras da carne, Satanás muitas vezes desperta falsos avivamentos. Ele semeia sementes de confusão e engano. Assim, tanto quanto nós devemos ansiar por avivamento, não devemos esperar que ele seja a cura para todos os problemas da vida, e muito menos um substituto para décadas de tranquilidade, obediência fiel e crescimento.
Então, o que é verdadeiro avivamento? Aqui está a minha definição: O verdadeiro avivamento é uma soberana, repentina e extraordinária obra de Deus pela qual ele salva pecadores e traz vida nova para o seu povo.
O verdadeiro avivamento é uma soberana (dependente do tempo de Deus, realizado por Deus , concedido conforme a vontade de Deus)
repentina (conversões, crescimento e mudanças acontecem de forma relativamente rápida)
extraordinária (incomum, surpreendente)
obra de Deus (não nossa)
pela qual ele salva pecadores (regeneração levando a fé e arrependimento)
e traz vida nova para o seu povo (com afeições, comprometimento e obediência renovados).
Um dos melhores exemplos do verdadeiro avivamento na Bíblia é a história de Josias, em 2 Reis 22-23. A história não é um projeto para ser imitado em todos os aspectos, especialmente porque Josias é rei sobre uma teocracia. Mas a história é instrutiva, na medida em que nos dá uma imagem de uma soberana, rápida e extraordinária obra de Deus.


Vamos ver com o que isso se parece no próximo texto.