Com a eleição do novo líder da Igreja Católica
Apostólica Romana, é interessante nos lembrarmos por que não aceitamos a
autoridade de um homem sobre a Igreja de Cristo. Segue abaixo trecho do capítulo
17 da Segunda Confissão Helvética, confissão reformada de 1566:
"É a cabeça que tem a primazia sobre o corpo, e
é dela que o corpo todo recebe vida; pelo seu espírito o corpo é em tudo
governado; dela, ainda, o corpo recebe acréscimo e pode se desenvolver. Ainda,
há uma só cabeça para o corpo, com a qual ele se ajusta, e, por isso, a igreja
não pode ter nenhum outro cabeça além de Cristo. Assim, como a igreja é um corpo
espiritual, é preciso que ela tenha também uma cabeça espiritual em harmonia
consigo mesma. Ela não pode ser governada por nenhum outro espírito que não seja
o Espírito de Cristo. Por essas razões, Paulo diz: "Ele é a cabeça do corpo, da
igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as
coisas ter a primazia" (Cl 1.18). E em outro lugar: "Cristo", diz ele, "é o
cabeça da igreja, sendo este mesmo salvador do corpo" (Ef 5.23). E, mais uma
vez: "para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu
corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas" (Ef 1.22,23).
Ainda: "Cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo,
bem ajustado e consolidado... efetua o seu próprio aumento" (Ef 4.15,16). E, por
esses motivos, não aprovamos a doutrina dos prelados romanos, que fazem do papa
o pastor universal, o cabeça supremo da igreja militante aqui na terra, o
próprio vigário de Jesus Cristo, que tem, como eles dizem, toda a plenitude de
poder e soberana autoridade na igreja. Isso porque nós cremos e ensinamos que
Cristo, nosso Senhor, é e continua a ser o único pastor universal e sumo
pontífice diante de Deus seu Pai, e que na igreja ele mesmo realiza todas as
funções de um pontífice ou pastor, até o fim dos tempos; e, consequentemente,
não há necessidade de ninguém para ocupar o seu lugar. Porque só aqueles que
estão ausentes é que necessitam de substituto. Cristo está presente na sua
igreja e é sua cabeça vivificadora. Ele proibiu, estritamente, aos seus
apóstolos e sucessores qualquer superioridade ou domínio na igreja. Portanto,
aqueles que, contradizendo-se, opõem-se a essa verdade manifesta e introduzem
outro governo na igreja de Cristo não devem, porventura, ser considerados como
aqueles a respeito de quem profetizam os apóstolos de Cristo, em Pedro (2Pe 2.1)
e Paulo (At 20.29; 2Co 11.13; 2Ts 2.8,9), assim como em muitas outras
passagens?"
FONTE: BLOG RESITÊNCIA PROTESTANTE.
Nenhum comentário:
Postar um comentário