Charles Haddon Spurgeon (1834-92) foi o mais
conhecido pregador da Inglaterra pela maior parte da segunda metade do século
dezenove. Spurgeon converteu-se em Colchester em 6 de janeiro de 1850, e foi
batizado no Rio Lark em Isleham em 3 de maio de 1850. Pregou seu primeiro sermão
na cidade de Cottage, neste mesmo ano. Em 1854, apenas quatro anos após sua
conversão, então com apenas vinte anos, se tornou pastor da famosa Igreja
Batista de New Park Street em Londres (anteriormente pastoreada pelo grande
teólogo John Gill). A congregação rapidamente cresceu mais do que seu prédio
poderia comportar, mudando-se então para o Exeter Hall, e de lá para o Surrey
Music Hall. Nestes locais Spurgeon freqüentemente pregava para audiências com
mais de 10.000 pessoas. Em 1861 a congregação se mudou definitivamente para o
recém construído Tabernáculo Metropolitano.
Os sermões do Spurgeon foram e ainda são
amplamente distribuídos e traduzidos em muitas línguas. O conjunto dos
trabalhos impressos de Spurgeon do denominado príncipe dos pregadores é
volumoso.
As pessoas que ouviam Spurgeon, naquela época,
faziam considerações sobre ele que deixariam qualquer evangélico orgulhoso. O
jornal The Times publicou, certa ocasião a respeito do pastor inglês: Ele pôs
velha verdade em vestido novo. Já o Daily Telegraph declarou que os segredos de
Spurgeon eram o zelo, a seriedade e a coragem. Para o Daily Chronicle, Charles
Spurgeon era indiferente à popularidade; um gênio, por comandar com maestria,
uma audiência. O Pictorial World registrou o amor de Spurgeon pelas
pessoas.
Spurgeon escreveu 135 livros durante 27 anos
(1865-1892) e editou uma revista mensal denominada A Espada e a Espátula. Seus
vários comentários bíblicos ainda são muito lidos, dentre eles: O Tesouro de
Davi (sobre o livro de Salmos), Manhă e Noite (devocional) e Mateus - O
Evangelho do Reino. Até o último dia de pastorado, Spurgeon batizou 14.692
pessoas. Na ocasião em que ele morreu - 11 de fevereiro de 1892 -, seis mil
pessoas leram diante de seu caixão o texto de Isaías 45.22a: Olhai para mim e
sereis salvos, vós todos os termos da terra.
Caro leitor, por acaso você sabia que esse
grande homem de Deus recusou a ordenação pastoral, como também o título de
Reverendo? Spurgeon dizia que reverência deveria ser dada somente ao
Senhor.
Pois é, a atitude de Spurgeon é tão diferente
dos pastores, e apóstolos dos nossos dias não é verdade? Lamentavelmente em
nosso país existem inúmeros líderes cristãos que desejam ostentação e títulos.
Outro dia fiquei sabendo de um pastor que numa cerimônia suntuosa foi "coroado"
apóstolo". Há pouco, relatei o episódio ocorrido a um pastor de em Niterói, que
da noite pro dia virou bispo presidente.
Prezado amigo, duvido que qualquer um desses
apóstolos, bispos e pastores tenham feito mais pelo Reino do que Spurgeon.
Confesso que essa mania tupiniquim por títulos eclesiásticos me assusta
profundamente.
Com lágrimas nos olhos sou obrigado a concordar
com o fato de que essa corja apostólica não está preocupada com a glória de Deus
e sim exclusivamente com a exaltação de seus nomes, os quais acreditam sejam
célebres e magnânimos.
Fonte: Blog Pr. Renato Vargens
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